lista telefónica de verão
Verão é Verão
É tempo de viajar, de sair do lugar
Estas são as viagens que me couberam em livros…
Fortaleza Digital (Dan Brown)
Mais uma teia envolvente ao estilo do autor, andei atrás dele à procura das pistas.
Fica o sabor do policial moderno
Música e Silêncio (Rose Tremain)
Cristiano, rei da Dinamarca pelo ano de 1500, o seu amor pela música, os pensamentos tão íntimos quanto um romance histórico o pode ser, do próprio, da sua consorte, do seu anjo musical e de outros próximos destes.
Fica uma bela revelação das extravagâncias do ser humano e fica a frase da leitura do verão que aponto mais abaixo…
Freakonomics (Steven Levitt e Stephen Dubner)
De como as evidências são contrariadas por números analisados com os binóculos da realidade.
Ficam alguns espantos: em casa, piscinas matam mais que armas e como se destroem poderosos servindo-se da voz das crianças.
O Véu pintado (Somerset Maugham)
O filme passou sem que os meus olhos aí pousassem, fui ao livro, viajei pela china profunda nas almas que me foram contando como “por vezes a maior viagem é a distância entre duas pessoas”.
A fragrância da cor do café (Ana Veloso)
Que me pintou as fazendas do Brasil na época em que o café enriquecia os bolsos dos donos de escravos. Um romance intenso de sabor e aroma num Rio de Janeiro do tempo da abolição da escravidão e da queda da monarquia.
O fiel jardineiro (John Le Carré)
A crueza da quantidade de real nesta viagem ficcionada é a revolta que fica.
E para os românticos a ideia de que aquele amor que nos é contado existe pelo menos na imaginação de alguém, e só por isso já vale a pena acreditar.
Taís de Atenas (Ivan Efremov) - iniciado e suspenso
A forma de escrita com constante utilização de termos da época a que se reporta a história obriga a um enorme esforço de desconcentração para conseguir seguir a viagem. Interrompi. Sou persistente, voltarei um dia, com melhor tempo.
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Assim também passou por mim este verão.
e agora a frase, ou melhor, o excerto:
"O rei Cristiano tem um caderno pessoal, onde ocasionalmente, aponta os pensamentos e reflexões que parecem surgir-lhe no espírito espontaneamente.
Estas observações fantasmas, como lhes chama, fascinam-no muito mais do que aquilo a que chama o seu "banal filosofar quotidiano". Parte deste fascínio decorre do facto de ele desconhecer a origem destas coisas e o modo porque vieram ter à sua mente. Será o cérebro humano como um terreno onde podem vir semear-se plantas, flores, ervas daninhas e mesmo embriões de grandes árvores, segundo a direcção do vento ou o traçado do voo das aves?"
3 Comments:
Não, não sou Cristiano, nem rei.
Mas tenho um caderno pessoal, onde ocasionalmente tomo notas do que sonho, (nem sei se acordado) e de tudo o ocasionalmente me leva a escrever sobre algo.
Cá em casa dizem-me que vivo obcecado pela Net.
Mas é a partir de pequenos nadas e por causa deles que criei o UCOMETA, porque perdi tudo, poemas, escritos, esboços e 32 anos, toda a vida profissional, em dois discos que "arderam"
Agora, vou tentar remendar a manta ...
Já não leio, como desde os 15 anos.
Dos novos escritos e escritores, pouco sei.
Nas férias tive o azar, (nunca será um azar total), de levar, sem saber, três biografias.
Coisas que detesto, mas duas foram oferta e a(o) outra(o), comprei-o.
Hello Isi
Não há como tu realmente, desapareces uma "catrefada" de dias e de repente semeias aqui tantas histórias que nem sei por onde começar.
O que tens em suspenso, talvez, porque já o li e me pareceu imperdível ( há por aí um post sobre ele), mas também pelos sabores e cores que espalhaste por aqui e que bem me sabem.
Posso pedir emprestados alguns deles? Serão os primeiros da fila já sabes.
Já li O Cristiano, Rei,
não o tenho por aqui agora, senão acrescentaria uma ou outra frase mais marcante ainda, do que a vida é, e do que podia ser, beijinho
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