dos estados de alma
Tem dias, em que o sol parece nascer expressamente para me iluminar, é bom senti-lo, a luz, o calor, o brilho…
Acontece que todos os dias o sol se põe, cientificamente falando não será correcto mas como o princípio é o ponto de vista, de facto, põe-se.
E anoitece, por vezes tranquilamente, outras vezes tão de repente que nem dou por isso e já está instalada uma noite escura.
Provavelmente isto são apenas estados de alma e na realidade o que acontece é que a terra gira, matematicamente, sempre, sem pressas e sem paragens. Como o tempo.
Mas o que vos queria trazer eram algumas questões…para reflectir, talvez para explorar respostas.
Porque olhamos o pôr-do-sol, quando o olhamos em silêncio, com a nostalgia de um momento belo mas efémero, se sabemos que todos os dias o sol se põe?
Porque será que tantas vezes nos esquecemos de amanhecer com o dia?
E porquê, porque é que temos que sentir tantas vezes a noite escura como um ambiente hostil?
6 Comments:
Isi
É o belo-horrível da existência humana...
Belo nascer do sol!
Durante tantos anos a noite escura me pareceu o ambiente mais "especial" e mágico.
Não te acontecia também?
A noite escurece apenas quando as nossas luzes esmoreçem?
Há que afinfar uma sopradela para atear as brasas!
Olá amigas!
são apenas estados de alma...parece-me.
Vão e por vezes também voltam.
Como nós, por aqui.
Até breve, com outro livro.
Vou ver se agora dou um passo na direcção das propostas anteriores.
É verdade, é! Talvez não seja uma regra, mas é uma frequência. Que, as mais das vezes, também depende da forma como a Natureza acha por bem pintar essa vespertina. Porventura há por aqui qualquer ancestral analogia atávica com o nosso próprio ciclo de vida, coisa de onde partiram muitas das noções espirituais que nos envolvem.
Mas, por ser um amante da fotografia, acontece muitas vezes assistir, até esperar, pelo chegar do sol. Como espectáculo, não desmerecem um do outro, afianço. Este, porém, com duas soberbas vantagens: tem muito menos espectadores e é bem mais reconfortante para o espírito...
Abraços!
Olá Isi e Caríssimo Canho
É bom "ouvir-vos"!
E apesar de compreender o (des)encanto que a noite comporta( e eu estou numa fase de morcego) não há beleza que iguale o nascer do sol, mesmo que quando nasça não seja para todos...
Rita:
24 horas é pouco tempo para tanta labuta, não é??
Abraços
Pois é, já estou como o outro, o dia devia ter 24 horas e a noite outras tantas...
Temos que saber "prendre le temps" como dizem os Franceses
Abraço
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