Matemática
Por vezes nas nossas conversas ela fala da sua dificuldade em compreender os alunos, parecem-lhe desinteressados, sem vontade de aprender nada, pouco aplicados. Parece-lhe serem os filhos de emigrantes aqueles, de entre todos, que mais mostram esforçar-se, os que ainda que falem mal a língua fazem mais perguntas e ouvem com atenção.
Vou ouvindo atentamente, gosto de aprender a educar.
A minha amiga dá aulas de matemática e tirou, na Ucrânia, o curso de matemática aplicada. Para além das aulas que dá num Instituto privado começou, o ano passado, a dar explicações a alunos dos vários níveis de ensino.
Quando a encontrei, disse –me com o ar mais incrédulo deste mundo:
- Rita, com os livros que vocês têm eu percebo porque é que há tanto insucesso na matemática.
Eu rio e pergunto.
- A sério?
- Sim, com estes livros todos e tão baralhados duvido que eu conseguisse aprender matemática. Na Ucrânia tínhamos um livro, com a matemática toda. Cada capítulo uma área, e cada área dividida em graus de dificuldade, assim, quando alguém quisesse relembrar alguma coisa era só voltar atrás no livro, estava lá tudo…
Simples? Pode parecer, e em todo caso praticamente impossível em sociedade mercantil como a nossa. Um só livro para tudo? Um só?
Já chega o dicionário... (por falar em dicionário, isso faz-me lembrar uma história..., fica para outro dia).
5 Comments:
Lembrei-me do Simplex...
Disparate!
Abraços!
Oh!Ah! nem o dicionário é um só...temos dezenas de versões, explanações, significações!
Mas que a ideia de um só livro( deveria ser "n" vezes maior do que o
Guerra e Paz) para nos ensinar qualquer disciplina, que não só a Matemática, mas também, é tentadora, lá isso é!
Beijos sem regra 3 simples!
Olá Rita!
Mesmo com chuva e quase inverno lembrei-me de uma conversa sobre enfermeiras e hoje vi uma tentativa sublime para que a humanização se torne mais possível.telegraphode hermes.blogspot.com
Beijinho
Só hoje, depois de uma visita ao seu blog, consegui entrar no telegrapho, através do seu link.
Gostei do que li, faz-me pensar que se eu fosse corajosa, deixaria o meu emprego ( de que gosto) e faria o que faço mas por conta própria e à minha maneira.
Obrigada
Olá Rita! Como poderia entrar no Telegrapho se eu lhe dei o nº errado?? Tótó ....
E coragem também se "cultiva"!
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