18 setembro 2007

Jardins

Nem por isso suspensos e nem por isso menos belos ou menos imaginados. Estão por lá em Serralves. Vale sempre muito o passeio fora de portas Mas por agora vale também muito uma visita aos jardins que fazem o colorido de uma das salas. O projecto decorreu com 81 escolas do Porto, Pré-escolar e ensino básico 1ºciclo. As Crianças foram artistas, induzidas por uma vasta equipa de técnicos que inventaram desafios. Deixo-vos apenas um cheiro... ...a flores! A não perder.

14 setembro 2007

Filosofia para crianças, Texto de Oscar Brenifier, editora Dinalivros

Dou-me conta de que as férias entraram pelo blog dentro e talvez por mim dentro também.

As férias ou o cansaço.

As férias pelo corrupio dos miúdos (os meus três, os três do mano e a mais velha e óptima companhia, da mana).

O cansaço porque cada ano regressar à “vida activa” me custa mais.

Fico a pensar, que tolice?,

gostaria de ser mãe a tempo inteiro, ficar por casa.

Também quereria explicar isto mas não consigo.

Tenho dois textos inacabados

E uma falta inexplicável de tempo,

Ou de alento.

Parada no tempo, num limbo de recarregar baterias

Que os olhos se fecham sem que lhes mande tal

Hoje vinha falar de livros.

Deixo-vos a imagem apenas

De uma pequena colecção que a mana descobriu

E eu vou fazendo, e lendo, a meias.

03 setembro 2007

lista telefónica de verão

Verão é Verão É tempo de viajar, de sair do lugar Estas são as viagens que me couberam em livros… Fortaleza Digital (Dan Brown) Mais uma teia envolvente ao estilo do autor, andei atrás dele à procura das pistas. Fica o sabor do policial moderno Música e Silêncio (Rose Tremain) Cristiano, rei da Dinamarca pelo ano de 1500, o seu amor pela música, os pensamentos tão íntimos quanto um romance histórico o pode ser, do próprio, da sua consorte, do seu anjo musical e de outros próximos destes. Fica uma bela revelação das extravagâncias do ser humano e fica a frase da leitura do verão que aponto mais abaixo… Freakonomics (Steven Levitt e Stephen Dubner) De como as evidências são contrariadas por números analisados com os binóculos da realidade. Ficam alguns espantos: em casa, piscinas matam mais que armas e como se destroem poderosos servindo-se da voz das crianças. O Véu pintado (Somerset Maugham) O filme passou sem que os meus olhos aí pousassem, fui ao livro, viajei pela china profunda nas almas que me foram contando como “por vezes a maior viagem é a distância entre duas pessoas”. A fragrância da cor do café (Ana Veloso) Que me pintou as fazendas do Brasil na época em que o café enriquecia os bolsos dos donos de escravos. Um romance intenso de sabor e aroma num Rio de Janeiro do tempo da abolição da escravidão e da queda da monarquia. O fiel jardineiro (John Le Carré) A crueza da quantidade de real nesta viagem ficcionada é a revolta que fica. E para os românticos a ideia de que aquele amor que nos é contado existe pelo menos na imaginação de alguém, e só por isso já vale a pena acreditar. Taís de Atenas (Ivan Efremov) - iniciado e suspenso A forma de escrita com constante utilização de termos da época a que se reporta a história obriga a um enorme esforço de desconcentração para conseguir seguir a viagem. Interrompi. Sou persistente, voltarei um dia, com melhor tempo.
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. Assim também passou por mim este verão. e agora a frase, ou melhor, o excerto: "O rei Cristiano tem um caderno pessoal, onde ocasionalmente, aponta os pensamentos e reflexões que parecem surgir-lhe no espírito espontaneamente. Estas observações fantasmas, como lhes chama, fascinam-no muito mais do que aquilo a que chama o seu "banal filosofar quotidiano". Parte deste fascínio decorre do facto de ele desconhecer a origem destas coisas e o modo porque vieram ter à sua mente. Será o cérebro humano como um terreno onde podem vir semear-se plantas, flores, ervas daninhas e mesmo embriões de grandes árvores, segundo a direcção do vento ou o traçado do voo das aves?"