22 dezembro 2006

Verde

não sei explicar, o verde sempre me fez falta. vivendo em plena cidade, sempre precisei de sair, de ir a lugares onde pudesse avistar apenas verde, natureza era assim uma espécie de necessidade fisiológica... Se começava a andar irritadiça, isso era sinal de que os meus níveis cerebrais de verde estavam em baixo, sentia que precisava de ir respirar paz, e lá me fazia ao caminho, volta e meia... hoje sinto-me privilegiada, vivo práticamente no meio do verde, se acordo, vejo verde, se vou ao quarto dos miúdos vejo verde, se estou na cozinha vejo verde, arvores, ervas, relvas, plantas, cogumelos e pequenos frutos, ás vezes uma pequena horta que acaba por alimentar mais os insectos que a nós... É tão belo o verde, cuidem dele quando o virem na cidade.

20 dezembro 2006

Taís de Atenas

Tais de Atenas

Um Livro no feminino

Imaginem a vida de Alexandre Magno…

Imaginem o retrato da vida desse Alexandre feito por uma mulher…,

foi o que fez Ivan A.Efremov neste seu romance histórico.

Um romance onde encontramos descritos vários episódios da sua vida numa nova perspectiva.

14 dezembro 2006

Despertar dos Alquimistas

Foi dia de festa

A pretexto de um aniversário a casa encheu-se de sonoridades e calor

Risos dos mais novos, conversas entrecruzadas dos mais velhos, num alegre reencontro como sempre;

Uma ceia especial, um bom vinho, os miúdos que acabam por comer mais de doces e menos de jantar (deixa lá, é um dia)

O frio de fora pedindo lareira acesa, as chamas pedindo canções, por lá ficámos em rodinha a cantar e desafinar cancioneiros e outras canções…

“Chegam os magos no claro rasto

Da lua cheia

Descem duendes pelos caminhos

Da Cassiopeia

Gnomos e bruxos

Génios e divas

Tudo e ninguém

Abeiram-se os sábios

Os feiticeiros que o mundo tem

Sentam-se amenas

Mágicas formam

Sombras de alguém

Vêm do fundo da paz da terra

Os sonhadores

Guardam em sonhos ocultas memórias

Os computadores

Pedreiros livres

Santos e artistas

Tudo e ninguém

Sussurram secretas

Vozes profetas dos temporais

Pairam nos ventos

Estranhos seres

Como cristais

…………….

Somos teus filhos

Ó mar de estrelas

Cuida-nos bem”

In O Despertar dos Alquimistas, Fausto

12 dezembro 2006

A Sombra do Vento

A Sombra do Vento Carlos Ruiz Zafón Falta retrato da capa, o livro não é meu e o tempo não tem ajudado a conseguir obter essa imagem. Tenho pena porque a capa é bonita: Fotografia a preto e branco, um fim de passeio um homem com uma criança pela mão, percebe-se que é de noite, há um candeeiro da rua acesso... Há algum tempo que andava a tentar lembrar-me do nome do autor e do título do livro. Entretanto, por acaso falei a um amigo espanhol sobre kafka e la muñeca viajera. E, na volta da conversa, quando ele me explicava que acabou por comprar o livro quase a medo porque o título lhe sugeria uma história "assustadora", acabou falando de um romance, que ele considera dos melhores que leu no ano passado. A sombra do vento, Que coincidência, agora sei o título, e o Autor, falta apenas a imagem que decerto poderão imaginar..

07 dezembro 2006

manhã de Inverno

Favada

A ideia é passar uma manhã na cozinha, de preferência com um bom vinho e melhor companhia.

Tudo começa no dia anterior, (vale sempre a pena preparar as coisas boas com uma certa antecedência), e para além de verificar se os ingredientes fazem parte do recheio da casa, põe-se de molho um kg de feijão branco pequeno.

Podemos então deitar-nos com um sorriso de antecipação …

Pela manhã acordar bem disposto, e tomar o pequeno-almoço reforçado (convém, para que o vinho caia em boa cama).

Abrir as janelas e deixar o ar frio entrar, daqui a pouco a cozinha irá estar suficientemente quentinha.

Podemos então começar por picar 4 dentes de alho para uma panela ou tacho previamente fornecido de azeite em quantidade generosa (3 dl).

Acrescentar uma colher de pimentão-doce, e outra de picante, para equilibrar o sabor.

Do fumeiro trazer um chouriço uma morcela e toucinho, parti-los em pedaços e juntá-los com o feijão na panela. (esta fase deve ser rápida para não cair na tentação de ir provando os pedaços de carne), deixar marinar uns minutos e por fim juntar água e sal quanto baste.

Deixar cozinha durante três a quatro horas, em lume muito brando, desfrutando da companhia e do vinho.

Melhor que isto só mesmo aquele arrozinho cozinhado em sede antiga, em que precisávamos subir para descer, não é maninha?