31 janeiro 2007

e filmes...

Sabem quando fica difícil contar uma história, porque se tem tantas e afinal não se quer recordar nenhuma daquelas que mais facilmente aparecem na memória de trabalho…? Um dos últimos filmes que vi, trazido pelo pai que ainda não o viu, acompanhou-me especialmente bem e conseguiu também desafiar-me nisto que são os diálogos possíveis onde o tema “relações humanas” aparece sempre tão forte. Uma frase ou duas, ficaram mais especialmente, talvez desta vez tenham sido estas, e da próxima vez sejam outras, sim, porque vou vê-lo mais vezes! “as memórias são uma coisa maravilhosa se não tivermos que conviver com o passado” “as memórias nunca estão terminadas enquanto estamos vivos” hoje não é livro, é filme, “antes do anoitecer” Richard Linklater

29 janeiro 2007

Café babilónia

Café Babilónia

Marsha Meheran

Um livro em que se sente que o prazer que pomos naquilo que fazemos, é quase sempre a “receita mágica” para que o que fazemos seja um sucesso.

Mas atenção, sucesso aqui não é no sentido de ser pessoa bem sucedida na vida,… ou talvez seja, mas é essencialmente o sucesso na dimensão afectiva da palavra.

Se é que a dimensão afectiva conhece o conceito de sucesso!!!

O livro é menos mágico do que palavra Babilónia parece sugerir, mas lê-se com gosto. E, faz-nos sentir que vale a pena viver com ânimo.

26 janeiro 2007

Chás

Chá, Chá, Chá

Não vou falar de dança, mas de Chá, dos deliciosos, aromáticos, e divertidos chás que vêm preenchendo os meus lugares onde as coisas se fazem devagar…

Confesso não ter grande cultura nem conhecimento aprofundado sobre os chás do mundo, quais os raros, os preciosos, os absolutamente incríveis e todos os outros mais ou menos vulgares, mas capazes de nos levar em grandes conversas pelo tempo dentro.

Para isso teria que chamar à conversa a Márcia, leitora atenta embora muito ocupada, mas grande entendedora nesta arte ( pode ser que ela por aí apareça a confirmar sabores).

De todos os que por aqui tenho, um dos que acho mais piada foi-me trazido da Madeira pelos sogros. Quando mo ofereceram, uma das minhas cunhadas disse que era um chá difícil de encontrar, mas divertido…e fiquei um pouco intrigada. Não precisei de esperar muito tempo para o provar, a visita da mana para uma de tantas conversas nocturnas foi pretexto suficiente, e na verdade…o chá revelou-se engraçadíssimo, ou melhor, alegre, bem disposto, e de sabor fresco e equilibrado. Tenho-o poupado, para quando por cá passam visitas…

Dos chás deliciosos, lembro-me de um verde, vende-se no “chá dos cinco” e chama-se oito pérolas. O chá tem brilho por dentro dispõem bem, e ainda aquece…bebido em dia frio em quente companhia ou nem por isso!

Quando quiserem, venham daí para um chá.

23 janeiro 2007

O que diz Molero

É mágico e provavelmente muito reconhecido o poema que aparece em prosa a paginas tantas (lembras-te?) deste livro…e porque assim é, e talvez porque seja tão belo lê-lo, a primeira vez, antes das outras vezes todas, desse ficam apenas os primeiros versos, e por favor, façam pausa antes de ler... ... “Estou sentado à beira-mar, Olhando o mar sem o ver. (…)” Mas não fico na ruindade de nada mais dizer… É um livro que se lê de um fôlego, e depois claro, é preciso reler. Porque não conheço nem li mais nenhum com uma espiral tão profunda e ao mesmo tempo tão … “fogo de artifício”, no sentido em que nos faz disparar nas mais diversas direcções, em múltiplas ocasiões. E mais vos digo, a começar a falar de livros, só tinha dois por onde ir, foi este, o outro virá um outro dia, porque a começar, começo pelo princípio! E deixo mais, também, para estimular as vontades! “Nos campos verdes que rodeiam o meu caminho brilham selvagens mágicas flores do meu destino chamam, intensas, as suas cores e ali me prendem sou o sol, a água a terra e que mais queiram. “ E por aqui fico, hoje.

Tuaregue

Alberto Vazquez-Figueroa

Quem conhece os Tuaregues?

Desconhecia tal povo até me vir parar o livro às mãos. É mais um dos muitos que existem em casa dos meus pais e que ainda não li…

Passo a explicar, em casa dos meus pais há livros que se acumularam desde a sua juventude, passando pelo seu intermédio como emigrantes em francófonas paragens e terminando por cá, nesta cidade Mondeguina. Eles foram-nos guardando…

Construíram estantes (primeiro uma, que até trouxeram lá das suas andanças pelo mundo), e depois mais duas a aproveitar pequenos recantos na casa definitiva, e os livros foram-se arrumando primeiro em filinhas mais ou menos ordenadas e depois com mais uns por cima e outros tortos, e quando começaram a não caber, foram passando para os cimos dos guarda –fatos, para malas na garagem, enfim…

Alguns estão em viagem por casa dos filhos (3), e continuam a chegar outros novos em cada natal, aniversário ou passeio a livrarias da cidade.

Entre tantos escritos em português, muitos outros estão em francês, vinham lá da aventura estrangeira e traziam memórias…

Não sei quantos são ao todo, muitos fomos lendo durante a nossa juventude e permanência na casa, alguns aconselhados, outros por nossa conta e risco, e este, tinha passado desapercebido…

Conta a história de um Tuaregue, homem, com valores e honra a defender, e sobretudo, de alguém que conhece profundamente a natureza onde vive e sobrevive, alguém que se move por baixo das estrelas…

Se tiverem dificuldade em o encontrar digam, posso emprestar o meu.

21 janeiro 2007

Os Acontecimentos da nossa vida

Hoje a minha miúda mais velha perguntou-me:

- Mamã, a partir de que idade é que posso ir dormir a casa de uma amiga?

Respondi que…, enfim, que já podia ir dormir a casa de uma amiga, claro! E fiquei a sorrir por dentro.

A emoção que tal aventura representa, lembram-se?

A primeira vez que fui dormir a casa de uma amiga tinha 13 anos. Ela tem nove, o que só faz aumentar a capacidade imaginativa…

Disse-me logo qual a amiga a casa de quem gostaria de ir, e aí, talvez por defeito de mãe respondi que não nos devíamos fazer convidados para lá ir, mas poderíamos convidar a amiga para cá vir, boa ideia?

- Claro mamã! Que bom, vai ser tão divertido…

O acontecimento é no próximo fim-de-semana, se tudo correr bem.

É um acontecimento, J

17 janeiro 2007

Estreia, parece que desejada esperada e em simultâneo adiada... hoje deixo-vos apenas uma imagem recordação viva das bonitas paisagens por onde andei há uns dias arejando o espírito cansando o corpo. Picos de Europa, Astúrias, Castilla e Leon, deixem-se, um dia, levar.

14 janeiro 2007

As Cinzas de Angela

FRANK McCourt Hoje gostaria de vos falar das Cinzas de Angela, já o li há bastante tempo mas ficou-me uma imagem clara. A história passa-se inicialmente na América e depois na Irlanda, fala-se das rivalidades entreIrlandeses, da guerra, e da sobrevivência. Fala-se sobretudo da extrema pobreza e da miséria na primeira pessoas, sem dramatismos, que a vida há data exigia esforço e pouca recompensa. E estou aqui a contar isto e a pensar... Não é meu objectivo contar histórias, nem levar as pessoas a lerem livros. Que leiam apenas aqueles que lhe dizem alguma coisa, ou sobre os quais este diálogo possa ter aberto o apetite. Até gostaria mesmo de aqui postar apenas os livros recentes que li. Mas, entre organizar a vida social e escolar de três crianças, mais os pais ( eu incluida!), ler os livros deles ( qualquer dia falo de um ou outro, há alguns simplesmente deliciosos, se é que se pode degustar um livro), ajudar nos trabalhos de casa, fazer os meus trabalhos de casa, e ainda tentar ir lendo os jornais, acreditem, a hora do vale dos lençois nem sempre é a apropriada e assim não sobra muito tempo para o prazer da leitura. Depois do meu Aniversário fico sempre com uma pilha de seis ou sete livros por ler, que se vão teimosamente mantendo na mesa de cabeceira á espera de vez. E se não falo deles todos é que há alguns que não merecem referência, não quer dizer que não tenham valido a pena ser lidos, mas daí a ter algo para dizer deles...

08 janeiro 2007

Boa Noite colaboradores

Olá, sei que um dia destes virão aqui ler este recado!!! Estou aqui há tanto tempo a postar coisas e coisas e vocês não aparecem... Então e o nosso diálogo? Tenho passeado muito por outros lados, e tenho lido bastante, mas nada é tão divertido como estar em conversa, não é? Pronto, este desabafo tinha que ser publicado, Agora já não há nada a fazer... Cá vos espero :-) P.S. - queriam saber que fotografia é esta?

06 janeiro 2007

Equador

Miguel Sousa Tavares POIS, Tinha que falar do Equador... O livro é grande como gosto, maciço, enche-nos as mãos, e o seu peso atira-nos para o sofá numa tardada ou impede-nos o sono, porque nos impele a ler ainda que seja pela noite fora... Gosto dos livros grandes que me levam pela noite dentro e ainda assim não acabam... Dos que não cabem na carteira quando os queremos levar para uma qualquer sala de espera. E nos dão horas e horas de prazer, de deleite, de quase comunhão com as personagens/autor. A última vez que o vi à venda, ao Equador, ía na 20ª edição se não estou em erro. Não sei quantos mil exemplares, Creio que todos voces já o leram, não é? Mas eu tinha que falar no equador ;-)