e filmes...
Porque há histórias nos livros, porque os livros têm história e porque há histórias que fogem das histórias dos livros, e são outra história...
Café Babilónia
Marsha Meheran
Um livro em que se sente que o prazer que pomos naquilo que fazemos, é quase sempre a “receita mágica” para que o que fazemos seja um sucesso.
Mas atenção, sucesso aqui não é no sentido de ser pessoa bem sucedida na vida,… ou talvez seja, mas é essencialmente o sucesso na dimensão afectiva da palavra.
Se é que a dimensão afectiva conhece o conceito de sucesso!!!
O livro é menos mágico do que palavra Babilónia parece sugerir, mas lê-se com gosto. E, faz-nos sentir que vale a pena viver com ânimo.
Chá, Chá, Chá
Não vou falar de dança, mas de Chá, dos deliciosos, aromáticos, e divertidos chás que vêm preenchendo os meus lugares onde as coisas se fazem devagar…
Confesso não ter grande cultura nem conhecimento aprofundado sobre os chás do mundo, quais os raros, os preciosos, os absolutamente incríveis e todos os outros mais ou menos vulgares, mas capazes de nos levar em grandes conversas pelo tempo dentro.
Para isso teria que chamar à conversa a Márcia, leitora atenta embora muito ocupada, mas grande entendedora nesta arte ( pode ser que ela por aí apareça a confirmar sabores).
De todos os que por aqui tenho, um dos que acho mais piada foi-me trazido da Madeira pelos sogros. Quando mo ofereceram, uma das minhas cunhadas disse que era um chá difícil de encontrar, mas divertido…e fiquei um pouco intrigada. Não precisei de esperar muito tempo para o provar, a visita da mana para uma de tantas conversas nocturnas foi pretexto suficiente, e na verdade…o chá revelou-se engraçadíssimo, ou melhor, alegre, bem disposto, e de sabor fresco e equilibrado. Tenho-o poupado, para quando por cá passam visitas…
Dos chás deliciosos, lembro-me de um verde, vende-se no “chá dos cinco” e chama-se oito pérolas. O chá tem brilho por dentro dispõem bem, e ainda aquece…bebido em dia frio em quente companhia ou nem por isso!
Quando quiserem, venham daí para um chá.
Alberto Vazquez-Figueroa
Quem conhece os Tuaregues?
Desconhecia tal povo até me vir parar o livro às mãos. É mais um dos muitos que existem em casa dos meus pais e que ainda não li…
Passo a explicar, em casa dos meus pais há livros que se acumularam desde a sua juventude, passando pelo seu intermédio como emigrantes em francófonas paragens e terminando por cá, nesta cidade Mondeguina. Eles foram-nos guardando…
Construíram estantes (primeiro uma, que até trouxeram lá das suas andanças pelo mundo), e depois mais duas a aproveitar pequenos recantos na casa definitiva, e os livros foram-se arrumando primeiro em filinhas mais ou menos ordenadas e depois com mais uns por cima e outros tortos, e quando começaram a não caber, foram passando para os cimos dos guarda –fatos, para malas na garagem, enfim…
Alguns estão em viagem por casa dos filhos (3), e continuam a chegar outros novos em cada natal, aniversário ou passeio a livrarias da cidade.
Entre tantos escritos em português, muitos outros estão em francês, vinham lá da aventura estrangeira e traziam memórias…
Não sei quantos são ao todo, muitos fomos lendo durante a nossa juventude e permanência na casa, alguns aconselhados, outros por nossa conta e risco, e este, tinha passado desapercebido…
Conta a história de um Tuaregue, homem, com valores e honra a defender, e sobretudo, de alguém que conhece profundamente a natureza onde vive e sobrevive, alguém que se move por baixo das estrelas…
Se tiverem dificuldade em o encontrar digam, posso emprestar o meu.
Hoje a minha miúda mais velha perguntou-me:
- Mamã, a partir de que idade é que posso ir dormir a casa de uma amiga?
Respondi que…, enfim, que já podia ir dormir a casa de uma amiga, claro! E fiquei a sorrir por dentro.
A emoção que tal aventura representa, lembram-se?
A primeira vez que fui dormir a casa de uma amiga tinha 13 anos. Ela tem nove, o que só faz aumentar a capacidade imaginativa…
Disse-me logo qual a amiga a casa de quem gostaria de ir, e aí, talvez por defeito de mãe respondi que não nos devíamos fazer convidados para lá ir, mas poderíamos convidar a amiga para cá vir, boa ideia?
- Claro mamã! Que bom, vai ser tão divertido…
O acontecimento é no próximo fim-de-semana, se tudo correr bem.
É um acontecimento, J